GEDAI/UNIR/CNPq

Todo mês, o Grupo de Estudos de Defesa e Análises Internacionais (GEDAI) da Universidade Federal de Rondônia (UNIR) lança uma coletânea de 10 notícias publicadas no mês imediatamente anterior e que trazem em seu escopo a relação ciberespaço-poder, especialmente no que tange a relações internacionais, Relações Internacionais (RI) e Relações Internacionais Cibernéticas (CiberRI). Essa ação faz parte do projeto CiberRI News: coletânea de notícias sobre Relações Internacionais Cibernéticas, aprovado no Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Cientifica (PIBIC) da Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa (PROPESQ/UNIR). Acesse a página do projeto e conheça mais sobre esta iniciativa que conta, ainda, com a autorização da Stanford Cyber Iniciative para traduzir seu clipping semanal Friday Cyber News.

Devido ao grande interesse pelas criptomoedas – cuja expressão maior é o Bitcoin –, o CiberRI News traz também as últimas notícias e cotações sobre esse admirável mundo novo das finan;as internacionais. Algumas notícias estrangeiras vêm contextualizadas e/ou com informações extras, para servir de base à realidade brasileira e, assim, melhor situar nosso leitor.

Dúvidas e sugestões: Envie uma mensagem para o correio eletrônico gedai@unir.br, com o assunto "CiberRI News".

Até o próximo mês!

Março de 2019

1. #VENEZUELA: Durante a crise que se estende no país vizinho ao Brasil, Maduro atribui intenso apagão a três ataques cibernéticos contra sistema. o Presidente da Venezuela acusou Donald Trump de "sabotagem" cibernética, que mergulhou o país sul-americano em seu pior apagão já registrado. [O Globo; Reuters]
2. #EUROPA: O Parlamento Europeu deu sua aprovação final à Diretiva sobre os Direitos Autorais, um controverso pacote de legislação destinado a atualizar a lei dos direitos autorais na Europa para a era da Internet. Os membros do Parlamento votaram 348 a favor da lei e 274 contra. Uma proposta de última hora para remover a cláusula mais controversa da lei - conhecida como Artigo 13 ou "filtro de upload" - foi rejeitada por apenas cinco votos. A diretiva será agora passada para os Estados-membros da União Europeia (UE), que terão 24 meses para traduzi-la em lei nacional. [The Verge]
3. #ÍNDIA: As eleições nacionais de 2019 na Índia são amplamente esperadas como as “Eleições do WhatsApp”. Em um contexto de rápida melhoria na conectividade da Internet e aumento do uso de smartphones, o número de pessoas usando o serviço privado de mensagens WhatsApp subiu, desde seu lançamento na Índia em meados de 2010, para mais de 200 milhões de usuários - mais usuários do que em qualquer outra democracia no mundo. E agora os partidos políticos daquele país estão se movimentando para capitalizar esse canal de comunicação de massa. [Quartz India]
4. #RedesSociais: Em um estudo recente sobre o conhecimento de eventos atuais com usuários do Twitter e Facebook, um pesquisador descobriu que "o uso mais frequente do Twitter afeta positivamente a aquisição de conhecimentos atuais. O oposto é encontrado no Facebook: o uso mais frequente do Facebook provoca um declínio na aquisição de conhecimento. Este efeito negativo do uso do Facebook ocorreu particularmente para cidadãos com menor interesse político, amplificando, assim, a lacuna de conhecimento existente entre cidadãos politicamente interessados e desinteressados". [Journal of Information Technology and Politics; Stanford FCN]
5. #HACKTIVISMO: Detalhes emergentes sobre grupos de hackers chineses e norte-coreanos mostram que nenhum deles está desacelerando suas atividades (apesar da Cúpula de Hanói e de um acordo EUA-China para deter a espionagem cibernética). Descobriu-se que hackers chineses atacaram várias universidades ligadas ao Woods Hole Oceanographic Institute que conduzem pesquisas sobre problemas de engenharia marítima relevante para projetos militares, enquanto outro grupo chinês, o APT27, mesclou com sucesso ferramentas digitais antigas para atingir centros de dados e "redes de organizações políticas, humanitárias, tecnológicas e de manufatura" da Mongólia. Uma equipe da McAfee mostrou evidências de uma robusta atividade de hackers estadunidenses, tendo como alvo mais de 100 empresas em todo o mundo, a maioria delas nos Estados Unidos. [WSJ; Cyberscoop; NY Times; Stanford FCN]
6. #ALEMANHA: Os EUA estão ameaçando suspender o compartilhamento de informações com a Alemanha, a menos que esta rescinda um contrato com a empresa chinesa Huawei para construir a rede 5G do país. Os EUA sustentam que a Huawei vem realizando espionagem cibernética, sob ordem da Lei Nacional de Inteligência da China.
7. #EUROPA: Novas pesquisas realizadas com 2.500 adultos europeus mostram que 25% destes prefeririam que as decisões políticas fossem tomadas por uma Inteligência Artificial (IA) ,e não por políticos. Como medida intermediária, as decisões do Brexit estão atualmente sendo tomadas pelo The Clash. [Quartz; Youtube; Stanford FCN]
8. #RÚSSIA: As novas leis russas sobre o uso da Internet proíbem fake news (notícias falsas) e tornam ilegais insultos a funcionários públicos (com multas de até US$ 4.700 e 15 dias de prisão, para o segundo). [Ars Technica; Stanford FCN]
9. #FACEBOOK: A partir da semana que vem, o Facebook categorizará nacionalismo e separatismo brancos sob a proibição do discurso de ódio, alinhando a plataforma a grupos de direitos civis e historiadores que criticaram o Facebook em 2018 por estabelecer uma distinção entre supremacia branca e nacionalismo branco. [Motherboard; Stanford FCN]
10. #GuerraCibernética: De acordo com o período Sputnik, centros cibernéticos da OTAN localizados no Báltico - como o StratCom e o CCDCOE - direcionaram ataques a infraestruturas críticas russas. O vice-secretário do Conselho de Segurança russo declarou que os principais alvos dizem respeito a sistemas de serviço público, rede bancária, setor privado, estações de energia elétrica, trens e aeroportos. [Sputnik News]

CRIPTOMOEDA$

1. #FACEBOOK: Mark Zuckerberg delineou um futuro para o Facebook que envolve foco em privacidade, comunicações criptografadas e (talvez mais notavelmente para uma empresa desenvolvendo seu próprio token digital baseado em blockchain) pagamentos online seguros. Até que faz sentido para a Gigante das Redes Sociais ter sua própria moeda: ela tem uma base de usuários global que vê o Facebook como um método de identificação e autenticação e sua imagem foi recentemente manchada pelo compartilhamento indiscriminado de dados (o famoso escândalo envolvendo a Cambridge Analytica), sugerindo que os usuários querem que o Facebook seja uma ferramenta segura para diretamente trocar informações de usuário para usuário. [Facebook; Stanford FCN]
2. #JAPÃO: O país asiático está implantando regras mais rígidas para a negociação de criptomoedas a partir de 2020. De acordo com um relatório da Nikkei Asian Review, o Gabinete Japonês (agência executiva do governo japonês) aprovou propostas de emendas relacionadas a instrumentos financeiros e leis de serviços de pagamento que incluem mudanças notáveis relacionadas a criptomoedas. [Coindesk]
3. #CANADÁ: A Receita Federal do Canadá (CRA) enviou um questionário extremamente detalhado aos cidadãos que acreditam estar em posse de criptomoedas. Os suspeitos de não divulgarem toda a extensão de suas propriedades foram questionados sobre o uso de um serviço de criptomoedas e, em caso afirmativo, os motivos. Eles também foram solicitados a fornecer o histórico completo de rastreamento de todas as transações que passaram por um serviço de de criptomoedas. Se a moda vem para o Brasil... [Bitcoin.com]
4. #EUA: O país norte-americano prendeu o suposto líder de um esquema de pirâmide de criptomoedas que movimentou US$ 3,7 bilhões, o OneCoin. Konstantin Ignatov foi acusado de conspiração e fraude, enquanto sua irmã mais velha Ruja Ignatova foi indiciada por lavagem de dinheiro e fraude eletrônica. [The Verge]
5. #JAPÃO: Algumas das principais preocupações dos entusiastas das criptomoedas continuam sendo o hacking e o roubo, com várias trocas e carteiras comprometidas nos últimos anos. De acordo com um relatório do Japan Today, um homem de 18 anos, cuja identidade foi mantida em sigilo pela polícia, foi processado por supostamente hackear e roubar criptomoedas no valor de aproximadamente US$ 137.000 de uma plataforma online. O relatório também afirmou que o garoto admitiu as acusações, afirmando que ele "sentiu como se tivesse encontrado um truque que ninguém conhecia e fez como se ele estivesse jogando videogame". [Ambcrypto]

Fonte: https://coinmarketcap.com/pt-br/historical/.
Nota: Última atualização: 31/03/2019.